Perante a situação que o país atravessa não é de estranhar que algumas figuras que ocultavam os seus posicionamentos face à forma de governar vindas de outras figuras alheias ao partido no poder no país, hoje as coisas começam a mudar.
A forma de pensar do passado não se compara com a da actualidade. É preciso acompanhar as mudanças. Embora a questão de mudanças seja acompanhada de bastante resistência. Mas a força da história derruba qualquer resistência ao rumo que essa mesma história queira levar ou traçar.
Não é por acaso que algumas figuras que no passado recente eram conhecidas por serem fiéis, quando se falava na forma de governação do país, hoje gradualmente estão a perceber que é preciso abrir espaço no país para que sejam introduzidas outras sensibilidades anteriormente impensáveis. Não é por acaso que hoje vemos figuras preponderantes da Frelimo como Sérgio Viera e Jorge Rebelo a concertarem ideias sobre o actual cenário do país. Mesmo que isso implique suportar o fumo do cachimbo do Filimone Meigos, Director do ISArC. A figura do cachimbo só faz recordar o cachimbo man.
Agora já não se fala de outra coisa a não ser como encaixar a nova forma de governar o país. Em todo o lado é visível nas conversas dos quadros da Frelimo a preocupação sobre os desafios actuais do partido e seu futuro. Vejam como Mário Machungo escuta atentamente os dizeres do Óscar Monteiro. É motivo para dizer que é preciso colher mais sensibilidades para decidir da melhor forma como enfrentar os futuros desafios que se avizinham.
Alguns chegam a transpirar para fazer vincar o seu posicionamento face à situação do país. Tentam a todo o custo provar aos outros que os seus fundamentos são melhores para ultrapassar a situação em que o Moçambique se encontra. Digo isso porque Manuel Tomé teve de soar um bocado para convecer o empresário Issufo Ali que seu posicionamento tem fundamento.
Os grandes encontros é geralmente o local onde conhecemos o verdadeiro posicionamento de algumas figuras da nossa sociedade. Refiro-me à questão partidária. Muitas vezes, ficam camuflados com os seus pronunciamentos que fazem pensar que não fazem parte de um determinado partido. Mas quando chega a hora da verdade não há como esconder. Não foi por acaso que o antigo Director do Jornal Notícias, Rogério Sitoe, procurou virar o crachá do académico, Gil Lauriciano. Este procurou disfarçar a descoberta com o esticar de mão para saudar o recém exonerado Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Pedro Couto. Encenação que despoletou um sorriso ao antigo PCA da TVM, Simão Anguilaze. Há coisas que não dá para esconder.
O futuro do partido parece incerto. Muitos não disfarçam o seu desagrado face à situação. Parece que o barco da Frelimo está à deriva. A preocupação é generalizada. Está última imagem é testemunho do que dizemos, é bem visível no semblante do antigo PCA do IGEPE, Apolinário Panguene, e do antigo Ministro do Turismo, Fernando Sumbana Júnior, ouvindo o vaticínio do PCA do Standard Bank, Tomaz Salomão. É preciso ter paciência e esperança diante dos desabafos de descontentamento
Savana